29 abril 2011

[casa]

Está-se. Um lugar. Fechado, protegido, resguardado dos males do mundo exterior. Os males? Não há intervenção. Incomodação. Apenas se está. Deitado. Lendo. Um filme. Escrevendo. O telhado. Olhando pela janela. O pátio. O imaginário, as memórias, o passado, a presença de tudo solta no ar: em qualquer lugar, a qualquer hora. O melhor lugar para dormir e o lugar onde se tem insônia. É um lar. Mas já não é mais. Ainda é? E a vida. Mas a vida já não está mais lá. Ainda está? Uma casa é um paradoxo. No ar. Tudo no ar. Saudade. Saudade? Muita. Não. Sim. Tudo. Junto.
Lar. Doce lar. Doce? Lar?
Lar, doce lar.

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