16 abril 2011

Carrego Porto Alegre em mim

E espera repousar
E no fundo que eu diga sim
Porém não vou dizer assim
Queria mas não posso falar
Mais por não ter um certo lar
Mas ninguém tem efetivamente um lar...
Só o mesmo céu e as estrelas
E como eu queria que Porto Alegre em mim crescesse
E como eu queria que eu crescesse...
No fundo só um menino desejando brincar
E dançar nas ruas da pequena Capital
Tudo teatral e melodrama
Todos choram. Todos amorosos e simpáticos
Como se Deusinho desatasse o bom-humor
E como gosto de pessoas e sua dor
Às vezes dá vontade do abraço
Só pra carregar a Porto Alegre no meu peito
Tristeza é longe e a razão parece mais
Hoje não represento mais o "eu". Hoje sou todos
Sou a Capital e todas as suas luzes
A piada boba, o namoro na TV
O casal no parque, a velha chorando no cinema
Hoje sou ninguém
Posto isso sou todos
Só posso escrever pra desinchar
E verter de mim as pessoas que me fazem
E como eu queria que as pessoas desfizessem
O mal que as atormenta até o final
No fundo só esperam que eu diga o sim
E eu queria dizer sim...
Queria mas não tenho um certo lar...

2 comentários:

  1. muito tri, marcel!
    tu tinha que voltar pros encontros ):

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  2. Foi o texto que mais incentivou o meu imaginário! BOm demias...ta loco.
    Valeu Marcel!

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