01 janeiro 2011

Adolf Hitler estava sentado no trem em direção a Berlim, onde se encontraria com seus companheiros do Partido Socialista dos Trabalhadores Alemães – NAZI. Fazia pouco tempo que engressara ao partido, mas já sentia que a ele pertencia há anos. Ali, descobrira que seu dom estava na fala - gostava de discursar nos comícios - e não no desenho, ou mais especificamente na arquitetura, como até então acreditava. Começou a aceitar essa idéia e isso fazia com que se conformasse com a atual reprovação no exame da Academia de Belas Artes. Esse era seu novo fascínio e era nisso que pensava quando algo lhe despertou.

Era mais uma manhã em que os trabalhadores amontoavam-se dentro dos vagões para se deslocar até as fábricas. No meio da multidão, um homem pedia passagem para as pessoas tentando chegar até a porta do trem antes que ela fechasse. As pessoas, mal-humoradas, trancavam o caminho do rapaz e, ao vê-lo de perfil, Hitler percebeu que o conhecia. Era Rudolf, o vizinho da casa ao lado onde crescera. Ao reconhecê-lo, Adolf quase gritou alto para que não abrissem caminho àquele judeu. Mas não faria isso, era homem de poucas palavras, falava apenas quando necessário e sabia que este ainda não era o momento.



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