13 dezembro 2009

De onde vem o Fofão?

-Odeio quando São Pedro tem mijadeira!!
-Sua delicadeza e finura me comovem Frederico...
Já era sete da noite, e a chuva que tinha começado às 4 horas ainda não havia dado trégua. Frederico, Pafúncia, Francisco Eduardo, Carlotina e Adamastor estavam presos na FABICO, mais precisamente no DACOM.
Frederico, Carlotina e Francisco Eduardo estavam terminando a partida de sinuca. Adamastor e Pafúncia estavam fofoc... digo, discutindo sobre um dos momentos de confraternização da faculdade.
-HÁ!!! Podem me idolatrar agora!! Ganhei dos dois!! – Frederico tinha acabado de ganhar na sinuca.
- Bah, desculpa Francisco Eduardo... – desculpou-se Carlotina.
- Nem esquenta, eu não joguei muito bem, não foi culpa tua - respondeu Francisco Eduardo, que culpava Carlotina e achava que teria sido melhor se tivesse jogado sozinho.
Adamastor então perguntou:
-Gente, vocês sabem qual é a história do Fofão?
-Como assim Adamastor? – perguntou Pafúncia
-Sei lá, de onde ele veio, por exemplo? Quando chegou a Fabico? Como eram suas mãos?
-Bom... Ele devia ser de alguma loja né? Manequim só se encontra em loja – Filosofou Carlotina.
- Ou ele surgiu numa noite fria e chuvosa, aparecendo na porta da frente da FABICO, como uma lembrança de nossos vetepassados! – Fantasiou Francisco Eduardo.
- Para com isso Francisco Eduardo, até parece! - Chiou Pafúncia
E a luz caiu na FABICO! O grito de Pafúncia e Carlotina ecoou nos corredores, só não foi mais alto que o de Frederico e Francisco Eduardo. Um breu absoluto se instalou ali, com o luar coberto pelas espessas nuvens do temporal. Até que Adamastor acendeu uma vela.
-Por que tu tinha uma vela na mochila? – Desconfiou Carlotina.
- São os mistérios da vida... – Respondeu Adamastor, que às vezes fazia macumbas.
-Tomara que fique assim até amanhã, pra não ter aula... – Comemorou Francisco Eduardo
- E como a gente vai pra casa sabichão? – Ironizou Pafúncia
- Que saco! Eu tenho que terminar um trabalho pra amanhã! – preocupou-se Frederico, que tinha que começar um trabalho para amanhã.
De repente um vento forte e frio invadiu o DACOM, os cinco se aproximaram, assustados, e a luz voltou em seguida.
-O FOFÃO SUMIU!! – Gritou Francisco Eduardo
- Como sumiu, ele deve ter caído em algum lugar com aquele vento – respondeu Pafúncia.
Procuraram por todos os cantos, e nem sinal do Fofão, foi então que Adamastor encontrou uma mensagem no lugar onde estava Fofão antes:
“B-I-S-C-O-I-T-O, menos quatro sobra ..........”
-Como assim? – Assustou-se Pafúncia
- Sobra oito!! Tira o B-I-S-C, sobra oito!
-Será que tem a ver com o oitavo andar? – Indagou Carlotina
Os cinco sabiam que era para lá que deveriam ir, mas nenhum tinha coragem de dar o primeiro passo. Até que Adamastor decidiu que não iria mais ficar ali, e resolveu chamar o elevador. Quando a porta se abriu perguntou quem mais iria com ele, e um a um, todos entraram. Apertaram o botão do oitavo andar.
Quando passou do quinto andar o elevador começou a tremer, e quando finalmente chegou ao oitavo começou a subir e descer rapidamente!!
-O QUE TÁ ACONTECENDO? – Gritou Frederico
-AI MEU SÃO CRISPIM, EU JURO QUE NUNCA MAIS TE DOU FAROFA VENCIDA!!! – prometeu Adamastor
-EU SABIA QUE FAZER COMUNICAÇÃO ACABARIA COM A MINHA VIDA!! MAS NÃO PENSEI QUE SERIA TÃO CEDOOOO!!! – desabafou Pafúncia
Francisco Eduardo sentou e chorou, e Carlotina tentava parar o elevador de qualquer jeito, mas não conseguiu...
Era mais uma manhã calma no dia seguinte, e todos comentavam sobre a chuva que tinha feito o elevador entrar em pane na noite anterior. A FABICO tinha sido o único lugar onde a luz havia acabado.
Quando chegaram ao DACOM os estudantes repararam que o Fofão não estava no seu lugar de sempre:
-Que bizarro! Quem será que pôs o Fofão em cima da mesa de sinuca? – Estranhou Clementina
-Sei lá, vamos tirar ele daí logo. Ah! Eu não consegui encontrar o Frederico hoje, tu viu ele por aí? – Disse Astrogildo.
-Não, a última vez que eu o vi foi ontem à tarde... Por quê?
-Nada não, é que eu tava fazendo um trabalho com ele. – Respondeu Astrogildo, que deixou pro Frederico fazer o trabalho deles.
Os dois colocaram o Fofão no lugar.
- Parece que os olhos do Fofão estão diferentes, mais brilhantes... – Observou Clementina.
- É coisa da tua cabeça Clementina. Vamos logo que eu tenho que achar o Frederico.
E os dois foram embora. Fofão estava no seu lugar de novo, com um estranho brilho no olhar, como se estivesse só esperando. Esperando pela próxima tempestade.

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