02 janeiro 2009

Marcel Hartmann

Autor e Escrita:

A escrita não é palpável – mas se degusta. É desorganizada (nas letras formando sílabas fazem palavras logo parágrafos que se finge entender). Não, me entendendo, mas
Finjo o fazer toda a vez que escrevo na esperança de que minhas palavras criem vida própria. E vivam vivam vivam sendo pedaços de mim: pois divido-me parte a parte para que cada diminuto escolha para si uma missão a cumprir. Pelo mundo todo.


Terão vários “eus” para cada “teu”! Possuirão um coração
para serem sentidos – pois é preciso sentir para ser sentido. Vários pedaços de mim se espalharão por aí e logo juntar-se-ão aos mais pequenos pedaços do mais pequeno homem.



A palavra
é uma mentira.

(Não acredite
em nada do
que digo.)

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