13 maio 2009

Interrogação

Existe o risco de dizer que nunca escreverei sobre o incerto - no entanto, talvez seja uma contradição, levando em conta tudo o que eu já escrevi. Sou esperançosa, acredito em energias e em pessoas positivas. Acredito na realização de sonhos. Acredito na fé. (Não questiono meu lado ingênuo e utópico - não adiantaria.)
Ainda hoje, vários episódios de minha vida rendem a mim muitos momentos reflexivos. E se não tivéssemos dificuldades financeiras que nos levassem a sair da zona leste? E se minha mãe não ficasse doente a ponto de precisar de um transplante? E se eu estudasse em outro colégio que não o dos padres, seria eu mais feliz? E se eu tivesse mais certeza do que eu queria na hora do primeiro vestibular? Ou então, pelo menos, na hora do segundo?
São vários "e se...?" que me levam a imaginar o que eu faria, como e com quem eu me relacionaria, como pensaria, como viveria. Mas são situações imaginadas. No fundo, sou sonhadora a ponto de formular hipóteses, mas realista a ponto de não conseguir me aprofundar nelas. A ponto de não conseguir escrever o que não está intrinsecamente ligado a mim. Coisas que vivi, presenciei, vi, ouvi, li, gostei, detestei e tantas outras sensações: talvez eu dependa delas para escrever... Será?

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