Eu sou toda vícios
Vícios de linguagem
De saudade
De desespero
E manias de perseguição
Tenho a rotina do sofrimento
A cada pessoa que vai embora
Como se atirasse uma pedra
Naqueles dias que passarão.
É tão marcante, que até no Velho Mundo
É possível sentir saudade (daqui).
Lembranças clarinhas e sem brilho,
Iluminam o rapazinho,
Que brincava com a avó
E lembra-se do cheiro da velha morta
Alguns anos depois
No talco que a dona limpa o seu bebê.
Lembrou-se da infância e do colarinho
Manchado de batom
Do pai cretino,
E das piadas tristes dos vizinhos.
Ah!
O tempo é uma angústia sem fim.
Vícios de linguagem
De saudade
De desespero
E manias de perseguição
Tenho a rotina do sofrimento
A cada pessoa que vai embora
Como se atirasse uma pedra
Naqueles dias que passarão.
É tão marcante, que até no Velho Mundo
É possível sentir saudade (daqui).
Lembranças clarinhas e sem brilho,
Iluminam o rapazinho,
Que brincava com a avó
E lembra-se do cheiro da velha morta
Alguns anos depois
No talco que a dona limpa o seu bebê.
Lembrou-se da infância e do colarinho
Manchado de batom
Do pai cretino,
E das piadas tristes dos vizinhos.
Ah!
O tempo é uma angústia sem fim.
Júlia Fraguas